Em meio à insegurança trazida pela pandemia do novo coronavirus, milhões de brasileiros tiveram de se adaptar ao home office e ao teletrabalho. Contudo, há varias categorias que não podem parar. Além dos profissionais de saúde, indispensáveis ao combate ao vírus, os policiais também precisam se arriscar para continuar garantindo o direito constitucional à segurança, além do cumprimento da lei.
Assim é o trabalho do Núcleo de Operações da Policia Federal em Santa Catarina. Chefiado desde 2013 pelo agente de Polícia Federal Bernardo Rangel Girotto, o núcleo é responsável, entre outros, por dar cumprimento aos mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal. Um trabalho muitas vezes arriscado e que não pode parar.
Por isso, Girotto incentiva os colegas a estarem sempre preparados para lidar com qualquer situação que exija respostas rápidas — sejam elas estratégicas ou de força física. “Somos responsáveis por conduzir o final do processo, quando a condenação sai. Algumas vezes, as operações são simples. Outras, arriscadas. Temos que estar prontos para todos os cenários e ter certa experiência”, afirma.
Entre as habilidades cobradas por Girotto de seu time estão conhecimentos em defesa pessoal, armamento e tiro, abordagem e técnicas operacionais e pronto socorrismo em atividade policial. Como a equipe é multidisciplinar, o trabalho é essencialmente colaborativo. “Quando não estamos trabalhando, estamos treinando. Todo mundo tem que saber tudo. Eu sou professor de defesa pessoal, mas ainda assim preciso ser um bom atirador. Isso serve para todos”, complementa.
“Todos os policiais lotados no Núcleo são professores formados pela Academia Nacional de Polícia, em uma das disciplinas que mencionei. Assim, somos demandados com frequencia para ministrar cursos tanto dentro quanto fora da PF”, complementa Girotto.
Em junho o núcleo de operações conseguiu prender um homem foragido há quatro anos por sequestro e envolvimento no crime organizado, graças ao apoio dos colegas da Civil e da Polícia Militar. Em sete anos, foram mais de 180 operações e em grande parte delas, essa parceria se fez presente. “É um relacionamento muito importante, no final o objetivo é o mesmo”, conclui o policial.
